domingo, 18 de abril de 2010

DEUS É AMOR (I João 4:8)

No “mundo cristão” são constantes os processos de transformação e mudanças. Na relação com Deus, um povo foi separado, procedimentos estabelecidos para relacionar-se com ELE. Depois vem Jesus que estabelece uma nova relação com o homem. Rasga-se o véu e o acesso ao Pai está livre. Passa a ser pessoal, o que não se verificava anteriormente, pois o povo de Deus dependia de sacerdotes para os sacrifícios expiatórios e profetas para “ouvir” a Deus. Bem, quando Jesus estabeleceu esta nova relação, fez quem não era, ser !

Mas existem hoje alguns que se “tornaram” pela Graça, se vêem mais merecedores, justos, sábios, conhecedores, etc, etc e etc. Assim, estamos vivenciando um momento de formação (ou deformação) de "novos" cristãos. São conhecedores de “princípios” de suas crenças (ou denominações), mas desconhecedores do Pai e de Sua incompreensível Graça. Privilegiam suas denominações e estufam o peito orgulhosos de sua condição de salvo. Tem a fé, mas não fazem a obra. E se alguém faz, que seja dentro de seus princípios, denominações, conhecimento, pois se assim não for, não vale, é inútil e ai daquele que receber tal obra.

Existe uma passagem bíblica famosa: A parábola do Bom Samaritano, em Lucas 10, que diz assim:

“30 E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram e, espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.
31 E, ocasionalmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo.
32 E, de igual modo, também um levita, chegando àquele lugar e vendo-o, passou de largo.
33 Mas um samaritano que ia de viagem chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão.
34 E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, aplicando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele;
35 E, partindo ao outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele, e tudo o que de mais gastares eu to pagarei, quando voltar.
36 Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?
37 E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai e faze da mesma maneira.”

Tenho visto e presenciado, e acredito que você também, manifestações, expressões, atos de pessoas que ferem diretamente aquilo que “prega o cristianismo”. E olha que, destes atos, muitos cometido por quem se diz conhecedor de Deus.

Quer um exemplo ? A recusa de vários jogadores do Santos de irem à uma instituição Espírita que atende a crianças carentes. Jogadores “crentes”. E como tal, não poderiam se “misturar” com Espíritas. Mas existem dois aspectos interessantes acerca deste caso. Os “samaritanos espíritas” atendiam a crianças carentes de famílias “crentes”. Que absurdo !!! Como isso pode acontecer ?

Outro detalhe importante: “Eu não faço e os outros não podem fazer, pois não são crentes e isso não vale”.

Tenho uma irmã espírita. Mensalmente ela sai pelas ruas distribuindo alimentos à moradores de rua. Algumas vezes ajudo a preparar os marmitex. Então neste caso eu não deveria ajudar devido às minhas convicções teológicas e doutrinárias ? E se não ajudar, não seria esta uma manifestação do “esfriamento do amor” (Mateus 24:12) ?

Bem, penso o seguinte: se não faço, porque eles não devem fazer ? Quem me instituiu juiz para julgar intentos de outros para como outros ? E fundamentalmente, nestes dois casos, quem amou mais ? Quem mais usou de misericórdia ?

Não estender a mão ao próximo devido à "religião" é dar mais valor à embalagem do que ao conteúdo.

Ora, se tais sonegadores da misericórdia são “Embaixadores de Cristo” (II Coríntios 5:20), tenho que afirmar que Deus está mal representado na Terra. Mas, se você não é um destes, lhe digo: “Vai e faze da mesma maneira” (Lucas 10:37).

Em JESUS, de onde provém “toda boa obra” (Tiago 1:17).

Marcus Vinícius
18/04/2010

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